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ANÁLISE

Corregedoria da Polícia Civil apura conduta de delegado após pedido da OAB-GO

Ordem pediu o afastamento de Humberto Teófilo por atuação irregular na prisão de advogados

Corregedoria da Polícia Civil apura conduta de delegado após pedido da OAB-GO

A Corregedoria da Polícia Civil realiza uma apuração istrativa da conduta do delegado Humberto Teófilo, lotado na Central de Flagrantes de Goiânia, após a Ordem dos Advogados do Brasil — Seccional Goiás (OAB-GO) pedir o afastamento do servidor à Secretaria de Segurança Pública (SSP). Conforme a OAB-GO, ele atuou de forma irregular nas prisões recentes de três advogados em Goiás.

“A Polícia Civil de Goiás informa que os casos envolvendo a atuação do delegado de polícia Humberto Teófilo em face dos advogados goianos são objeto de apuração istrativa junto à Corregedoria da Instituição, com diligências em andamento”, disse nota da corporação ao Mais Goiás.

Após a demana, Teófilo postou em suas redes sociais um vídeo, onde afirma estar sendo perseguido por ter prendido “ricos”. “É porque eu roubei? Não. Porque eu sou corrupto? Não. Porque eu peguei drogas, armei algum flagrante, bati ou xinguei alguém? Também não”, afirmou o policial. Ainda no vídeo, ele ainda desafia a entidade, dizendo que é para a OAB fazer o protesto no dia em que ele estiver de plantão na Central-Geral de Flagrantes.

Conselho Pleno

Sobre caso, na última segunda-feira (9), a OAB-GO, por meio do presidente da seccional, Rafael Lara, em sessão do Conselho Pleno, deliberou por encaminhar à SSP pedido de afastamento do delegado. “Delegacia de polícia não é comitê político-eleitoral, e a OAB GO não ficará silente diante de abusos”, disse.

Segundo Rafael Lara, uma das prisões, dos advogados Boadry Veloso Junior e Heylla Rose Campos Valadão Veloso, autuados enquanto acompanhavam alguns presos, foi “tão arbitrária” que no dia seguinte o flagrante foi anulado, e o Ministério Público reconheceu a improcedência das acusações. Outra advogada presa pelo mesmo delegado, Taynara Divina Arruda Soares, segundo o presidente da OAB, relatou ter sido ridicularizada e exposta nas redes sociais.

“Não se trata aqui de ataque a pessoa ou ao agente, mas da defesa da advocacia diante de reiterados cenários de violações das prerrogativas profissionais que têm como único propósito a intenção de autopromoção pessoal”, afirmou Lara. Além do pedido de afastamento do delgado junto à SSP, a OAB-GO também anunciou, à época, que faria um ato de repúdio aos abusos, em data a ser confirmada, na frente da CGF de Goiânia. O evento, segundo Rafael Lara, contará com a presença do presidente do Conselho Federal da OAB.