STF revoga prisão de tenente-coronel Mauro Cid
Polícia Federal investiga se ele buscou aporte para deixar o Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) revogou a prisão do tenente-coronel Mauro Cid na manhã desta sexta-feira (13). A informação foi confirmada após uma sequência de confusões envolvendo uma possível nova detenção do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Cid terá de comparecer à sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, para prestar novo depoimento ainda nesta manhã.
Segundo apurado, a PF investiga se o tenente-coronel tentou pegar um aporte para deixar o Brasil, o que poderia configurar uma tentativa de fuga. Na mesma operação desta sexta, o ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro, Gilson Machado, foi preso em Recife, Pernambuco. Ele é investigado por, supostamente, tentar ajudar Mauro Cid a obter um aporte português com o objetivo de sair do país.
Na terça-feira (10/6), a Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediram ao STF a abertura de um inquérito contra Gilson Machado. De acordo com a PGR, há indícios de que o ex-ministro tenha atuado junto ao Consulado de Portugal, no Recife, em maio de 2025, para viabilizar a emissão de um aporte para o tenente-coronel.
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Em manifestação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PGR defende medidas cautelares como busca e apreensão e a quebra dos sigilos telemático e telefônico de Gilson Machado. A suspeita é de que a tentativa de obtenção do aporte fazia parte de um plano para que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro escae da Justiça brasileira.
A Polícia Federal também aponta que, em janeiro de 2023, o próprio Mauro Cid teria buscado meios para obter a cidadania portuguesa, conforme arquivos encontrados no celular dele. O militar, que já é réu no inquérito do golpe ao lado de Jair Bolsonaro e outros 29 investigados, agora a a responder também sobre essa nova tentativa de evasão.